O autocuidado constitui em uma prática de atividades que o indivíduo desempenha em propósito de manter a vida, a saúde e o bem-estar. Essas ações partem da vontade do próprio sujeito, a partir da tomada de decisão, e tem como objetivo contribuir de forma específica para a integridade estrutural, o funcionamento e desenvolvimento humano. Cada pessoa define o que é o autocuidado para ela mesma.
O autocuidado também pode prevenir e lidar com doenças e incapacidades, já que inclui o hábito de manter comportamentos preventivos, como higiene e alimentação balanceada. É o que evita o adoecimento em virtude de como nós cuidamos.
Algumas pessoas entendem que autocuidado é luxo. Mas, muitas vezes é o mínimo.
Esse instrumento pode ser entendido como um investimento pessoal que resulta no nosso crescimento, dando condições para que possamos manter as nossas escolhas e propiciando a manutenção da nossa prática clínica.
Como profissionais da saúde, é fundamental que nos cuidemos para dar conta de cuidar do outro. Assim como no avião, onde precisamos colocar a máscara de oxigênio em nós primeiro para depois colocar no outro, só conseguimos ajudar o outro quando somos capazes de olhar e cuidar de nós mesmos.
Por esse motivo, manter a atenção ao autocuidado é primordial para que desempenhemos uma prática saudável e acima de tudo, que seja possível nos nutrir ao longo dessa caminhada.
Exemplos de autocuidado são: melhores hábitos alimentares, se desenvolver intelectualmente, realizar uma atividade física, fazer terapia, ter uma noite de sono regular, tirar um tempo para fazer algo que goste.
Práticas de autocuidado podem estar aliadas a responsabilidade com o Instituto, como ter uma boa noite de sono, cuidando da alimentação para garantir um bom estado de saúde ao comparecer em eventos do instituto, gerenciando seu tempo entre lazer e estudos para uma boa disposição nas supervisões, fazendo terapia para que bem amparado possa cuidar do outro também.
Prejuízos que temos ao deixarmos de nos cuidar
Ao deixarmos de nos cuidar, podemos perder nosso tempo de qualidade. Não estar com boa imunidade para ter o bem-estar e bom funcionamento do corpo. Não ter a evolução em todas as áreas (física, intelectual, emocional, social), nem vivências e experiências. Perda da aceitação e a falta de amor-próprio.
Perda do bom humor e do bom condicionamento físico para se entregar às supervisões e eventos, trazendo consigo a sensação de angústia.
Perda da autoconfiança com os clientes e empatia com eles e a equipe.
Quando deixamos de nos cuidar não investimos na preparação para enfrentar conflitos e mudanças que aparecem durante o estágio. Ao os ignorar e não os enfrentar causamos uma sensação de conforto e estabilidade, nos levando a acreditar que não passar por eles é um ganho.
Fazer esforços para somente acertar pode nos levar ao adoecimento. E errar não é uma perda. Passar por medos e obstáculos é necessário para nos fortalecer.
Maneiras de se cuidar para garantir um bom trabalho no Instituto
A maneira que podemos nos cuidar para termos um bom desempenho no trabalho com o Instituto é observando a alimentação e tendo uma boa noite de sono no dia anterior aos eventos e supervisões. Estudando e atualizando os estudos da abordagem trabalhada aqui, participando dos grupos de estudo. Mantendo uma boa convivência com os colegas terapeutas em formação e participando dos eventos. Respeitando nossos sentimentos. Como? Falando o que queremos falar. Sentimentos que temos e não os expomos, mas que para serem superados precisam ser comunicados. Investir em uma boa relação com nossos sentimentos para também perceber os do cliente também é uma maneira de garantir um bom trabalho no Instituto. Assim, fazendo com que haja uma saúde física, emocional, social e intelectual.
O primeiro compromisso que temos com o Instituto é o que temos com nós mesmos. Para que seja possível ajudar o cliente a entender a sua potência, é preciso olharmos para nós e entendermos que o corpo é a expressão de como estamos internamente. O cliente é autônomo na jornada dele, assim como nós também somos.
Importância do autocuidado para a clínica
Para a clínica, é importante termos o autocuidado para que a saúde mental não seja afetada. Deixar de cuidar de nós mesmos pode trazer resultados negativos, como o humor deprimido e sentimentos ruins de ansiedade.
Estes sentimentos de ansiedade nem sempre são ruins, afinal graças a eles podemos nos preparar com antecedência e mais capricho para algo importante, por exemplo. Ele pode ser algo que paralisa, mas também pode nos impulsionar.
Cuidamo-nos para não afetar o nosso psicológico, e também para não afetar o nosso físico. Pois, muitas das vezes, o que é sentido no corpo é resultado do que está se sentindo na mente. Transferindo uma coisa à outra.
O autocuidado e a saúde mental andam juntos. Se cuidar é também cuidar da saúde. Física e mental.
Ao se tornar estagiário do Instituto Alétheia tenha em mente que ao atender alguém em processo de sofrimento é possível que esses sofrimentos o atinjam também, portanto é importante cuidar de sua saúde mental, fazendo você também parte do completo bem-estar físico-psico-social para dar conta de cuidar do outro e para que isso não interfira em suas outras relações e vida cotidiana.
REFERÊNCIAS
DE MELO, Mirela Rodrigues; RAUPP, Luciane Marques. O autocuidado da saúde mental de psicólogos: uma revisão bibliográfica. Revista Científica, Perspectiva, Ciência e Saúde. 2020. Disponível em: http://sys.facos.edu.br/ojs/index.php/perspectiva/article/view/293/391
BROTTO, Thaiana. Qual é a importância do autocuidado para a saúde mental?. Psicólogo e Terapia. 2021. Disponível em: https://www.psicologoeterapia.com.br/blog/qual-e-a-importancia-do-autocuidado-para-a-saude-mental/
DE ALMEIDA, Mariana Bonomini Fogaça. O comportamento de autocuidado e a prevenção em saúde mental. Dissertação (Mestrado em em Saúde Mental e Atenção Psicossocial.) Universidade Federal De Santa Catarina. 2019. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/215603/PPSM0065-D.pdf?sequence=-1&isAllowed=y
Data de realização: 23 de março de 2023, às 19h.
Mediadora: Carolina Mohamad Duarte, Júlia Favaris da Silva, Letícia Guinancio de Siqueira, Marina Mayrink Medina Freitas, Paula Paraguassú Quintanilha, Taíza Ferreira de Souza
Supervisora: Isadora Santos CRP 05/55173
Contato: 21 983323293 E-mail: iisf.psi@hotmail.com Instagram: @isadorasantospsi
Revisado por: Kizie Pontes
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