Primeiro Encontro
Primeiro momento da apresentação: o intuito foi dar as boas-vindas a quem estava chegando. Foi feito também uma pequena apresentação da mediadora, que foi formada pelo instituto e monitora durante dois anos; e do tema do encontro, que foi escolhido justamente para trazer reflexões e exemplos práticos de como o descontrole emocional se faz presente na formação do psicoterapeuta e como a vivência do descontrole pode contribuir para o seu desenvolvimento emocional. O encontro foi composto por vivências e trocas, dessa forma todos os membros foram continuamente convidados a participar para dar vida a roda de conversa.
Perguntas para a reflexão:
1) Em quais situações o descontrole emocional pode aparecer?
As reflexões partiram da vivência dos participantes de situações em que se viram perdendo o controle e que podem se manifestar na vida como um todo. Na vida profissional, por exemplo, no que diz respeito ao desenvolvimento da relação terapêutica, o terapeuta ao longo do trabalho clínico vai precisar lidar com diversas situações inéditas e descontroladas. Quando o cliente resiste e não recebe o que o terapeuta está entregando e como a vivência do descontrole pode ser utilizada como uma ferramenta do seu trabalho. Se o terapeuta receber a resistência do cliente como crítica e não fizer contato com o descontrole, o trabalho pode ser prejudicado.
2) Como o emocional pode se manifestar no corpo?
A troca foi construída a partir da vivência de cada um dos participantes. Dos acúmulos que aparecem no corpo diante do uso da rigidez para investir em estar seguro e isso pode dificultar o desenvolvimento da sensibilidade e não contribuir para o contato com as emoções de forma saudável.
3) O que você ganha quando se descontrola?
O que pode ser desenvolvido com a vivência do descontrole é a construção de riquezas emocionais. São os movimentos para bancar uma vida rica de vivências. É como quem investe na loteria, se não assumir o risco e investir pouco, pode não ter tantos ganhos, se houver flexibilidade e os investimentos forem maiores, os ganhos também serão.
A vivência do estágio é bem parecida, é um momento justamente de mais exposição e descobertas do profissional que se deseja ser.
4) Quais ferramentas você já tem ou desejar construir para vivenciar situações descontroladas?
Os participantes foram trazendo as ferramentas que já tinham e as que queriam construir. As dificuldades e os receios de fazer contato com o que sentem. A mediadora citou que a vivência do descontrole contribui muito para o desenvolvimento da criatividade na prática clínica e na vida.
5) Qual o melhor remédio para algo emocional?
Nesse ponto foi desenvolvido um aspecto da postura profissional. Em muitos momentos o terapeuta pode ser indagado pelo cliente em busca de respostas para as angústias da vida. Como futuros profissionais é preciso questionar qual o papel do terapeuta, se é dar resposta ou levantar questionamentos, pontos que possam ajudar o cliente a se perceber. O remédio possível para as questões emocionais é a vivência do descontrole. Sem esse investimento não se encontra as respostas.
É como quem mergulha no mar, se vier uma onda grande, para não tomar um caixote é importante mergulhar. Quando o cliente muitas vezes se aproxima do descontrole, pode acreditar que não vão conseguir, mas é justamente fazer contato com a bagunça desse mar que o movimento ganha espaço para acontecer.
Segundo Encontro
Primeiro momento da apresentação: o intuito foi dar as boas-vindas a quem estava chegando. Foi feito também uma pequena apresentação da mediadora, que foi formada pelo instituto e monitora durante dois anos. O tema do encontro foi escolhido justamente para trazer reflexões e exemplos práticos de como o descontrole emocional se faz presente na formação do psicoterapeuta e como a vivência do descontrole pode contribuir para o seu desenvolvimento emocional. Nesse encontro os participantes se apresentaram e falaram das suas expectativas para o estágio e em como estava sendo as trocas com os colegas.
Perguntas para a reflexão:
1) Em quais situações o descontrole emocional pode aparecer?
As reflexões partiram da vivência dos participantes de situações em que eles se viram perdendo o controle e que podem se manifestar na vida como um todo. A mediadora deu um exemplo da sua vivência com o acompanhamento de um grupo de estudantes de uma empresa júnior, onde os membros do grupo traziam críticas as reflexões propostas e não recebiam os conteúdos. Nessa situação a mediadora precisou acolher as sugestões e as críticas com flexibilidade para poder dar continuidade ao trabalho. E ao fazer um encontro com o tema “A caixa das emoções”, o grupo conseguiu se sentir acolhido e compreendido. Mas isso só foi possível, quando a mediadora se disponibilizou a se descontrolar e se afetar com a demanda do grupo.
2) Como o emocional pode se manifestar no corpo?
A troca foi construída a partir da vivência dos participantes, em como cada pessoa vai vivenciar isso em sua vida. O corpo é como se fosse uma antena, que capta o que está acontecendo e quando os sinais são ignorados gera os acúmulos e as tensões que aparecem através de uma dor de garganta de algo não comunicado, uma irritação na pele, por exemplo. E com o cliente não é diferente.
3) O que você ganha quando se descontrola?
A mediadora deu o exemplo das situações do estágio que foram descontroladas e a partir da disponibilidade para vivê-las foi possível ir se construindo como profissional. O grupo foi trazendo suas percepções que não viam o descontrole dessa forma, como uma ferramenta que pode ser importante para ajudar na prática clínica e foram se dando conta do descontrole de iniciar uma nova fase, agora no estágio.
4) Qual o melhor remédio para algo emocional?
O grupo mesmo se deu conta que não há uma receita e que o remédio possível para as questões emocionais é a própria vivência. Sem esse investimento não se encontra as respostas. E cada participante foi encontrando a sua resposta e a sua percepção.
Que é como quem mergulha no mar, se vier uma onda grande, para não tomar um caixote é importante mergulhar.
Reflexão baseada no poema:
Alguns poemas do perfil @caixadesaida
Aprendi com o mar
Que onda grande
Se atravessa mergulhando
Bibliografia:
FISHER, Robert. O cavaleiro preso na armadura - uma fábula para quem busca o caminho da verdade. Record. 2020.
Data de realização: 29 de julho de 2023, às 11h e 31 de agosto de 2023, às 13h30.
Mediadora: Ediene Moreira da Silva CRP 05/71197
Supervisora: Isadora Santos CRP 05/55173
Contato: iisf.psi@hotmail.com Instagram: @isadorasantospsi
Revisado por: Kizie Pontes
Contato: kiziepontes@gmail.com Instagram: @kiziepontes